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Bispos da Universal são alvo de ação do Ministério Público por propaganda eleitoral

Três bispos da Igreja Universal do Reino de Deus se tornaram alvo de uma representação do Ministério Público Eleitoral de Pernambuco, acusados de propaganda eleitoral antecipada.

Sérgio Correa, Osséssio Silva (deputado estadual pelo PRB) e William Brígido, coordenador da legenda no estado, teriam “realizado propaganda eleitoral antecipada durante culto” da Igreja Universal, diz nota do MPF.

A representação foi feita pelo procurador regional eleitoral substituto, Wellington Cabral Saraiva, e aponta que no dia 30 de junho, o bispo Sérgio Correa, que dirigia um culto fez propaganda eleitoral “em benefício das candidaturas de Osséssio Silva e William Brígido para os cargos de deputado federal e estadual, respectivamente”.

Um vídeo da propaganda antecipada foi anexo à representação, de acordo com o Ministério Público Eleitoral. “Durante a cerimônia, os pretensos candidatos sentaram em uma cadeira, que representaria as vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, enquanto Sérgio Correa incitou a multidão, repetidas vezes, a concordar com que eles seriam eleitos”, informou o site do Ministério Público Federal.

No discurso, Correa também afirmou que oraria até outubro para que Deus reservasse as vagas pretendidas por seus candidatos: “Separa, meu Deus, uma cadeira dessa para nós no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa”, disse o bispo, de acordo com a representação.

O procurador Saraiva destacou que a conduta de Correa é ilegal, pois a legislação proíbe realizar esse tipo de ação em recinto de culto religioso, antes ou depois do período permitido pela legislação, uma vez que os templos constituem bens de uso comum.

“Não se pode ignorar a força econômica e política de igrejas como a Universal, a qual se encontra entre as cinco principais igrejas evangélicas do país, com enorme patrimônio e influência sobre seus fiéis. Usar esse poder para beneficiar ou prejudicar determinados candidatos é ilícito, para a legislação eleitoral, e desequilibra gravemente a igualdade de oportunidades entre os candidatos”, assinalou Saraiva, que pediu ao Tribunal Regional Eleitoral em Pernambuco que aplique multa de R$ 25 mil aos acusados.



Fonte: Gospel Mais

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