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Com apoio dos EUA, Honduras avalia transferência de embaixada para Jerusalém

Honduras quer dar prosseguimento ao plano de transferir sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, após uma reunião com Israel e os Estados Unidos nesta terça-feira (1) em Brasília.

Nos bastidores da posse de Jair Bolsonaro na Presidência, o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, decidiram “dar prosseguimento ao plano de ação para fazer avançar o processo de decisão para abrir embaixadas em Tegucigalpa e Jerusalém”, disse um comunicado emitido pelo Departamento de Estado dos EUA.

Em dezembro, Honduras comunicou que negociava com Israel a abertura de uma embaixada israelense em sua capital, Tegucigalpa. A abertura de uma embaixada hondurenha em Jerusalém faria parte da contrapartida do país centro-americano.

“Estados Unidos, Israel e Honduras se unem como aliados estratégicos, comprometidos com o desenvolvimento e a segurança de seus povos. Esta aliança trará grandes resultados e impacto positivo para o povo hondurenho”, celebrou Hernández no Twitter.


Benjamin Netanyahu (terceiro à direita) e Juan Orlando Hernández (terceiro à esquerda) em Brasília. (Foto: Avi Ohayon/GPO)

Hernández tem forte apoio dos EUA, que decidiu há um ano reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir sua embaixada para a cidade. Meses depois, a Guatemala seguiu os passos do presidente Donald Trump e tomou a mesma decisão. O Paraguai também anunciou a mudança, mas acabou voltando atrás.

A mudança da embaixada brasileira para Jerusalém foi uma promessa de campanha de Bolsonaro, que não revelou detalhes sobre a decisão. No domingo (30), Netanyahu afirmou que o presidente brasileiro garantiu que a transferência irá acontecer. Ele disse ainda que a transferência é uma “questão de quando, não de se”.

Tanto israelenses como palestinos reivindicam Jerusalém como sua capital. Israel conquistou Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e depois a anexou em um movimento que nunca foi reconhecido pela comunidade internacional. Israel vê toda a cidade como sua capital.

Durante décadas, a comunidade internacional sustentou que o status de Jerusalém deveria ser negociado entre Israel e os palestinos. Críticos dizem que declarar que Jerusalém como capital do Estado judeu inflama as tensões e atrapalha as negociações de paz.



Fonte: Guia me

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