Um cristão de 55 anos chamado Saleem Masih foi acusado de blasfêmia em Khanewal, localizada na província de Punjab, no Paquistão, no dia 13 de junho. Fontes da International Christian Concern (ICC) dizem que A acusação vem como resultado de uma disputa de propriedades entre Saleem Masih e sua cunhada, Ayesha, que recentemente se converteram ao Islã.

Ayesha acusou Saleem Masih de queimar páginas do Alcorão e quer vê-lo preso sob a seção 295-B do Código Penal do Paquistão. A acusação e a prisão são documentadas pelo First Information Report (FIR) # 289/19.

Ayesha foi anteriormente casado com o irmão mais velho de Saleem Masih, Sabir. No entanto, Ayesha se divorciou de Sabir e se casou com Irfan, irmão mais novo de Saleem Masih.

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Ao falar com a ICC, Sabir afirmou que havia uma longa história entre sua família e Ayesha que levou a sérias disputas e amarguras. Essas disputas acabaram resultando em Ayesha acusando Saleem Masih de blasfêmia.

Segundo Sabir, Ayesha registrou falsamente um caso contra ele e outros membros de sua família em março de 2019. Eles foram presos como resultado, mas pagaram fiança ao tribunal local. O processo  está pendente perante o tribunal.

Sabir disse que Ayesha continuou a ameaçar toda a sua família após o incidente de março de 2019. Desta vez, Ayesha acusou Saleem Masih de roubar itens valiosos de sua casa e incendiar páginas do Alcorão.

Falando com o ICC, Rashid Masih, um líder comunitário do bairro, confirmou: “ Na verdade, é uma questão de disputa de propriedade. A queixosa está abusando da lei da blasfêmia para acertar suas contas pessoais. “

As notórias leis de blasfêmia do Paquistão são freqüentemente usadas para acertar contas pessoais ou incitar o ódio religioso. As minorias religiosas no Paquistão, incluindo os cristãos, são desproporcionalmente acusadas e punidas pelas leis de blasfêmia. Sem uma reforma adequada, essas leis continuarão a ser usadas como armas nas mãos de extremistas contra as minorias religiosas.

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