Neste domingo 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, acontecerá uma marcha em 32 cidades de 14 Estados do país, incluindo o Distrito Federal.
Segundo pesquisa do DataFolha divulgada em abril do ano passado, cerca de 40% de católicas e 38% de evangélicas brasileiras se declararam feministas.
+ Valdemiro Santiago diz que coronavírus é Deus zombando das pessoas e da ciência
As marchas do Dia Internacional de Luta das Mulheres, terão algumas reivindicações e também críticas ao governo Bolsonaro.
Uma das principais pautas é a igualdade de gênero no cotidiano social e também dentro da igreja.
“Os textos bíblicos foram escritos inspirados pelo Espírito Santo. Nós, evangélicas, acreditamos nisso. Mas eles têm todo um traço daqueles tempos, da historicidade, da moral e dos costumes da época”, disse a economista Raquel Morão, de 31 anos.
Raquel como outras feministas cristãs discordam de algumas visões da Bíblia, a qual chama de fundamentalista.
A figura de Maria Madalena, de acordo com Raquel, que também é estudante de teologia, foi excluída da partes importantes da Bíblia justamente por machismo, por parte de quem escreveu a história. “Mas o que permaneceu oferece pistas contrárias à interpretação de que Jesus só aceitava homens como discípulos.”
Outra pauta de protesto das feministas é sobre o governo Bolsonaro, elas se posiciona contra a onda política ultraconservadora, a qual chamam de farcista.
+ Pastor é preso por abusar de fieís dentro da igreja e em cima do altar
“É um absurdo ver políticos usando o nome de Jesus para promover o ódio”, disse uma das integrantes do movimento feminista evangélico.
Laísa Silva Campos, de 27 anos, que é católica, sairá pelas ruas de Belo Horizonte denunciando e protestando contra o atual governo, que para ela não representar nem as mulheres e nem os valores cristãos.