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gravidez não deve impor união se um dos envolvidos não é crente

A união conjugal com alguém que não compartilha da fé cristã deve ser evitada a todo custo. Essa é a conclusão que se pode tirar de um conselho do pastor John Piper a um ouvinte de seu podcast em resposta a uma pergunta sobre casamento em casos de gravidez pré-marital.

A pergunta feita a Piper foi: “Um jovem casal na minha igreja não é casado, e eles têm um filho juntos. Eles agora estão vivendo em um estado de castidade, separados. O homem não é crente, ela é. Eles planejam se casar, embora eu tenha aconselhado ela a não casar com ele, a menos que ele se torne um crente (baseado em 2 Coríntios 6: 14-18). Categoricamente falando, eu estou correto aqui? Ou criar uma criança no mundo sobrepõe o princípio de ‘jugo desigual’ de Paulo?”.

A resposta do pastor John Piper foi igualmente contundente, apontando que “sexo antes do casamento ou até mesmo dar à luz um filho antes do casamento não muda as instruções de Paulo para o casamento cristão”.

Na resposta, o pastor se aprofundou sobre II Coríntios 6:14, em que o apóstolo Paulo diz que os crentes não podem estar “presos em jugo desigual” com descrentes, e I Coríntios 7:39, que diz: ‘A esposa está ligada ao marido enquanto ele viver. Mas se seu marido morre, ela é livre para se casar com quem ela deseja, somente no Senhor’”.

“É claro que, por trás desses dois mandamentos para os crentes casarem-se somente com crentes, está a sabedoria de que o casamento deve ser construído sobre o fundamento da fé em Cristo com todos os desafios e objetivos do casamento moldados pelo senhorio de Jesus Cristo. Isso não pode ser em uma união onde alguém não se submete ao senhorio de Jesus Cristo”, disse Piper.

Ele também citou I Coríntios 6: 15-16 para reforçar seu argumento: “Você não sabe que seus corpos são membros do próprio Cristo? Devo então tomar os membros de Cristo e uni-los com uma prostituta? Nunca! Você não sabe que aquele que se une a uma prostituta é um com ela no corpo? Pois é dito: ‘Os dois se tornarão uma só carne’”.

O pastor, então, se aprofundou na reflexão: “Agora, parece-me que podemos inferir desta advertência contra o sexo fora do casamento que Paulo não acredita que tal união sexual crie um pacto. Isso é ainda mais impressionante, não é, porque ele diz que cria uma espécie de união de carne única, mesmo com uma prostituta: ‘Você não sabe que aquele que se une a uma prostituta se torna um corpo com ela?’ (1 Coríntios 6:16)”.

“Em algum lugar Paulo está dizendo que uma pessoa é obrigada a se casar com alguém com quem eles tiveram uma união de carne? Ele não faz isso”, ponderou o pastor, de forma a mostrar porque não é correto forçar alguém a se casar por causa de uma gravidez fora do casamento.

O pastor ainda descreve a união sexual como “preciosa, única e profunda”, sendo algo criado por Deus com um simbolismo da “consumação de uma aliança matrimonial”. E acrescenta: “Mas por si só – isolado em algum bordel ou em alguma casa na praia como adolescentes – não cria um pacto. Isolado do pacto de casamento, não cria um pacto de casamento”.

“Se uma união de uma só carne não cria uma aliança matrimonial, então o fruto daquela união de uma carne – ou seja, uma criança preciosa – também não cria uma aliança. Parece-me que a instrução bíblica de se casar apenas no Senhor permanece, embora tenha havido uma união sexual e mesmo que tenha havido o fruto dessa união sexual – uma criança”, reiterou, apontando que a união de uma mulher cristã com um incrédulo pode trazer mais desafios e levar a um matrimônio fracassado, que não dure, e a alternativa, segundo o pastor, é orar para que o pai se entregue a Jesus Cristo.



Fonte: Gospel Mais

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