Conecte-se

Igreja Católica faz “oração de exorcismo” após ataques do presidente da Nicarágua

O ditador comunista da Nicarágua, Daniel Ortega, continua reprimindo duramente o seu povo. Antes “mediadora” entre governo e oposição, a Igreja Católica respondeu aos ataques com oração jejum. Um dia após ser chamada de “golpista”, fez uma convocação aos fiéis de todo o país para fazerem juntos a “oração do exorcismo” nesta sexta-feira (20).

A missa na igreja da Divina Misericórdia, localizada na capital Manágua, estava lotada de fiéis. O local foi palco, na semana passada, do ataque de paramilitares que deixou dois estudantes mortos. “Essas balas nas paredes também atingiram Cristo”, lamentou, durante o sermão, o padre Erick Alvarado, 38, que estava no templo durante o cerco e testemunhou a morte dos jovens que se abrigavam no local.

Ainda podem ser vistos os sinais da violência tanto nas paredes externas quanto internas, marcadas por tiros, de grosso calibre. Três acertaram uma imagem de Jesus Cristo pendurada na parede.

O padres puxou a oração que dizia: “Precipitai ao inferno a satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas”. A conhecida invocação foi escolhida pela Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN), que também pediu que os católicos a jejuarem por um dia em favor do país.

Mesmo sem citar o nome do presidente, ficou evidente que é uma resposta à acusação de Ortega que a Igreja Católica estava apoiando “seitas satânicas”, como o presidente chama seus opositores.

De fato, a CEN se tornou uma das mais ferozes críticas contra Ortega, que tem ordenado uma forte repressão aos protestos da população e já deixaram ao menos 360 mortos desde o início das manifestações, em abril.

A Aliança Evangélica da Nicarágua (AEN) foi mais branda e optou por divulgar apenas uma nota, pedindo ao governo que cumpra a lei e exigindo “respeito ao flagelo da intolerância e injustiça que estão vivendo diariamente por denunciar com uma voz profética os abusos em curso na Nicarágua”. O documento, assinada pelo presidente da AEN, Mauricio Fonseca, os representantes evangélicos pediram às Nações Unidas, à OEA e à Comunidade Européia agissem para impedir “a repressão e morte do povo”.

Com informações de NCR



Fonte: Gospel Prime

Deixe sua mensagem