O senador Magno Malta (PR/ES) anunciou nesta quarta-feira (11) que não será o vice na chapa de Jair Bolsonaro. O político afirmou ao Diário do Nordeste que está focado em ver, a partir do próximo ano, a bancada “cristã” mais numerosa na Câmara Alta. Segundo destacou, é necessário que os novos senadores atuem em defesa “da vida” e “da família”, contrapondo-se à “bandalheira que fizeram esses ‘esquerdopatas’ ao longo de 14 anos”.
Evangélico, o experiente político apelou para que os pré-candidatos de diferentes religiões “esqueçam questões doutrinárias” em nome de uma união por “causas” em comum.
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“Se nós somos um país cristão, e entendemos que todos os valores de uma sociedade começam com a família, então, numa eleição de dois (senadores), se não aproveitarmos esse momento que é tão propício… Nós temos condições de fazer isso. Eu tenho dado o meu esforço”, afirmou o senador.
Malta também acredita que não é possível separar religião e política, uma vez que “não se separa um homem de suas convicções”. “O [ministro] Toffoli [do STF] soltou o José Dirceu por quê? Porque ele foi para dentro do Supremo com as convicções dele. E esse juiz que soltou o Lula? Ele foi para lá com as convicções ideológicas dele. Nunca se separou delas. Por que eu preciso me separar da minha confissão de fé? Eu sou movido a isso”, comparou.
No seu entendimento, as igrejas terão mais importância nesta campanha, pois os líderes religiosos devem dar “consciência” aos fiéis ao mostrar que os governos do PT fizeram “uma bandalheira contra os nossos valores”.
“É muito importante nesse momento, em que os valores de família foram duramente atacados durante 14 anos, que os pastores, sim, que os padres, sim, que qualquer líder religioso que tem as pessoas consigo sejam muito mais importantes do que foram nesse processo”, sentencia.
Porém, o senador do PR, rejeita que seja feito campanha no interior de templos. “O lugar do culto é do culto, eles têm que parar com essa história de colocar candidato sentado no altar”, encerrou.