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Mulher que perdeu braços e pernas dá lição sobre gratidão: “Ele continua sendo Deus”

Depois de uma vida inteira trabalhando e cuidando da família ativamente, uma mulher norte-americana perdeu os dois braços e pernas devido a uma complicação no pós-parto. Seu cotidiano já não é mais o mesmo, mas ela se tornou um exemplo de fé e superação.

Kayleigh Ferguson-Walker e seu marido, Ramon, estavam à espera do segundo filho quando surgiram complicações na gravidez. Os médicos identificaram uma grave doença no bebê e induziram o parto aos seis meses de gestação, mas o pequeno não resistiu.

Depois de sofrer a perda, Kayleigh foi diagnosticada com Sepse, uma infecção grave que ameaçou bloquear seus órgãos vitais, incluindo coração, pulmões e fígado. Depois de ser levada à UTI, os médicos a colocaram em coma induzido.

“Eu senti como se minhas mãos estivessem amarradas e eu não pudesse fazer nada. Eu tinha que confiar nos médicos e nas enfermeiras. Eu não podia fazer nada fisicamente para ajudá-la. Então, foi muito desafiador para mim ver ela lutando”, disse Ramon à CBN News.

Depois de duas semanas em coma, Kayleigh foi transferida para outro hospital na Flórida e soube pelos médicos que medidas drásticas poderiam ser tomadas, já que seus membros foram completamente afetados. Para que ela continuasse viva, seus braços e pernas deveriam ser removidos.

A família, os amigos e os membros da igreja de Kayleigh se uniram em oração por um milagre. Sua mãe, Laurel Robinson, disse que era difícil ver a filha em uma condição tão grave. Ela confessou que teve dúvidas de que Kayleigh se recuperaria.

“Eu questionei a Deus: por que ela? Por que todos os quatro? Eu fiquei brava com Ele, muito brava. Porque como Você pode fazer isso? Ela sempre foi cristã, sempre foi crente”, revelou Laurel.

Ramon viu as coisas de uma perspectiva diferente. “A pergunta que veio em última instância foi: você trocaria a vida por um membro? E a resposta óbvia, claro, era a vida. A vida estava acima de qualquer coisa”, disse ele.

Lidando com recomeços

Hoje Kayleigh está se adaptando à sua nova vida sem braços e pernas. “Eu tenho uma prótese para trabalhar, mas eu tento evitá-la o máximo que posso. Quando estou comendo, faço o melhor com o cotovelo, porque tenho cotovelos. Posso usar o movimento para comer e percebi que sou canhota”, contou.


Kayleigh e seu marido, Ramon, são recebidos de volta na igreja Praise Tabernacle International. (Foto: Joe Cavaretta/Sun Sentinel)

Kayleigh diz que sua fé em Deus tem sido a chave para ajudá-la a lidar com sua perda. “Eu me desafio muito sobre o que eu posso fazer ao invés de me sentar aqui e dizer: ‘eu não posso fazer nada, não tenho membros’ — não, eu não consigo pensar assim”, observou.

Ela admite que essa foi a jornada mais difícil que já enfrentou, mas se lembrou de uma conversa que teve com Deus depois que os médicos removeram seus membros.

“Eu perguntei a Ele por que eu? Por que todos os quatro? Por que não apenas um? Por que não apenas um braço? Uma perna? Por que todos os quatro?”, lembrou. “Mas eu pensei: estou nessa condição, Você só vai ter que me fortalecer muito mais. Eu vou ter que continuar”.

Com as forças renovadas e uma visão positiva da vida, Kayleigh encontra em Deus motivos para sorrir. “Muitas pessoas perguntam: como ela mantém esse sorriso com tudo o que ela está passando? Eu sempre digo a eles que não sorrio porque não tenho dias ruins. Sorrio porque ainda estou aqui”.

Exemplo de superação

Kayleigh e Ramon receberam um grande apoio de sua igreja, a Praise Tabernacle International. Muitos membros ficaram surpresos com a determinação de Kayleigh.

“É fascinante vê-la passando maquiagem”, disse sua mãe Laurel. “Ela tenta pentear o cabelo e é incrível vê-la comendo. Vê-la dizendo ‘eu consigo fazer isso’ tem sido uma alegria para nós”.

Kayleigh ainda está recebendo tratamento e depois de 13 cirurgias, seus médicos e enfermeiros estão inspirados por seu espírito alegre.

“Eu acho que ela é muito singular, pois foi uma das pacientes que encarou de forma mais notável, mais graciosa do que qualquer pessoa que eu já encontrei antes”, disse o dr. James Fletcher, médico de Kayleigh. “Mesmo com todos os desafios, ela sempre encontrou uma maneira de olhar para o lado positivo, nunca falou com remorso sobre sua condição”.

Kayleigh e Ramon esperam que sua história incentive outros a confiarem em Deus quando a vida se tornar difícil. “Não importa o que você está passando, Deus ainda está lá e Ele continua sendo Deus”, ela afirmou.



Fonte: Guia me

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