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Palestina acusa judeus de incitarem “guerra religiosa” com visitas ao Monte do Templo

As visitas judaicas ao Monte do Templo “fazem parte de um esquema israelense para iniciar uma guerra religiosa”, disse a Autoridade Palestina no domingo.

A alegação veio em resposta a uma visita do ministro da Agricultura de Israel, Uri Ariel ao Monte.

Nos últimos anos, a Autoridade Palestina vem condenando regularmente visitas de grupos e indivíduos judeus ao Monte do Templo, alegando que eles estavam “invadindo a Mesquita de Aqsa”.

“A agressão na mesquita de al-Aqsa ao ser atacada é um crime infernal perpetrado por uma ideologia terrorista extremista e iniciada por ele”, disse Yusef al-Mahmoud, porta-voz do governo da Autoridade Palestina em Ramallah.

Ele afirmou que a visita do ministro israelense ao Monte do Templo foi realizada sob instruções do governo israelense para “invadir a Mesquita de Aqsa diariamente”.

Firas al-Dibs, porta-voz do Departamento Waqf no leste de Jerusalém, afirmou que Ariel “invadiu a mesquita acompanhado por dezenas de colonos”. Ele descreveu a visita como “suspeita”.

Os judeus consideram o Monte Moriá, também chamado de Monte do Templo, como o local dos dois antigos templos do judaísmo. Para os muçulmanos, o local que contém a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa, chamada de al-Haram ash-Sharif (o Nobre Santuário) e é o terceiro lugar mais sagrado para o Islã, depois das mesquitas de Meca e Medina.

ONU e Israel

A sequência de resoluções contra Israel aprovadas pela ONU nos últimos meses previam o corte de ligações históricas dos judeus com locais considerados sagrados, como o próprio Monte do Templo e também o Muro das Lamentações.

As medidas — propostas justamente pela Palestina — foram duramente criticadas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu e também pela Ministra de Justiça de Israel, Ayelet Shaked.

“Há algo muito triste e lamentável na votação do Conselho de Segurança, em relação a resolução anti-israelense. O mundo incentivou. Este é o momento que mostra toda a putrefação na ONU. Milhares de homens, mulheres e crianças estão sendo mortos na Síria, e essa organização nem sequer levanta a mão para ajudar”, denunciou.

“Mas quando se trata de prejudicar o estado judeu, eles fazem alguma coisa. E a Síria está protegendo isso, porque não há resoluções contra a última atualização, mas se for contra o único país democrático do Oriente Médio há dezenas de resoluções. Sobrevivemos ao Faraó, também vamos sobreviver a isso”, concluiu Ayelet.

 



Fonte: Guia me

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