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Pastor critica entrada das igrejas no metaverso: “O mundo irreal não pode substituir o mundo real”

A entrada da Lagoinha no chamado metaverso ainda tem gerado discussões entre a comunidade evangélica. Mesmo após o pastor André Valadão ter afirmado que a primeira reunião de avatares num culto teve até mesmo conversão de almas, algumas pessoas ainda não enxergam a alternativa com bons olhos.

Em suas redes sociais, o pastor e escritor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro, levantou sete motivos porque considera que o metaverso seja nocivo aos crentes. Primeiramente, ele fez questão de explicar que “ao entrar no universo virtual, cada pessoa escolhe um avatar para viver uma vida semelhante à real”.

– As pessoas podem começar a confundir sua identidade dada por Deus com a identidade autocriada no metaverso. O mundo irreal não pode substituir o mundo real. Um mundo irreal pode criar pessoas irreais onde comportamentos podem ser falsos, desprovidos de verdade e realidade.

Vargens ainda destacou que, como pessoas relacionais, “precisamos de relacionamentos pessoais onde abraços, lágrimas, risos e toques se fazem presentes”. Ele ainda duvida que o metaverso seja capaz de “promover comunhão e relacionamento onde somos corrigidos, exortados, admoestados e amados”.

– O metaverso nos tira da realidade da vida levando-nos a um mundo de ficção onde a pessoa pode se “fantasiar” daquilo que quiser trazendo assim a impressão de que é uma pessoa diferente daquilo que efetivamente ela verdadeiramente é. É impossível ministrar os sacramentos visto que batismo e ceia tem que ser presenciais, visto que a igreja se revela como um ajuntamento solene, em que Deus se faz presente em meio a comunhão do seu povo. No metaverso não há espaço para diaconia, serviço mútuo, conforto, consolo, interação na vida do próximo e, claro, interação relacional – finalizou.

Rafael Ramos

Rafael Ramos

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