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Pastor diz que massacre de cristãos na Nigéria é “inimaginável”

O presidente nigeriano Muhammadu Buhari estaria sendo cúmplice ou, no mínimo, negligente quanto ao massacre de cristãos que vem ocorrendo em seu país. Essa é a suspeita de pastores como Dacholom Datiri, presidente da Igreja de Cristo na Nigéria. Ele foi um dos líderes que se reuniram com o Governo no início desse mês.

Dacholom Datiri descreveu em um relatório entregue ao presidente Buhari a situação dos cristãos na Nigéria.

“A devastação em termos de massacre de vidas e destruição de propriedades é inimaginável. Pastores e membros de igrejas foram mortos aos milhares a sangue frio, mortos a tiro ou abatidos como animais ou queimados até a morte. Casas e empresas foram queimadas ou saqueadas e fazendas foram destruídas”, disse ele.

O pastor questionou o que tem sido divulgado em algumas mídias locais, de que os ataques seriam resultados de brigas por terras. Ou seja, disputa entre agricultores. “A narrativa foi que essas pessoas são mortas por pistoleiros desconhecidos ou que houve ‘confrontos’ entre fazendeiros e pastores”, disse o pastor.

“Todas estas são narrativas enganosas deliberadamente enquadradas para esconder a verdade e continuar a perpetrar o mal”, destaca Datiri. “Depois dos ataques, são os pastores Fulani que se instalam e colocam seu gado para pastar nas fazendas das vítimas”.

A etnia Fulani, de religião islâmica, é a mesma do presidente nigeriano Muhammadu Buhari, o que faz aumentar às suspeitas acerca do seu descaso para com os atentados. O possível apoio dos militares aos terroristas é outro fator que reforça a tese de envolvimento do Governo.

“A proficiência e o modo de operação em todos esses ataques, como testemunham as vítimas sobreviventes, não nos deixa em dúvida a cumplicidade dos militares, que são usados ​​como mercenários contratados pelas milícias Fulani”, continua Datiri.

“Sobre isso, estamos desapontados e, infelizmente, que o governo não cumpriu sua responsabilidade constitucional de proteger vidas e propriedades”, acrescenta.

Para Emeka Umeagbalasi, presidente da Sociedade Internacional de Liberdades Civis e Estado de Direito, o cenário é de claro favorecimento aos terroristas Fulani.

“Quantos agricultores muçulmanos estão sendo mortos por pastores Fulani? Quantos lares muçulmanos foram destruídos ou queimados? A resposta é ‘nenhum’. Não tem nada a ver com confrontos entre pastores e fazendeiros. Isso é falso”, disse ela ao Christian post.



Fonte: Gospel Mais

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