Presidente agradece por orações após cirurgia ser concluída “com êxito”

A cirurgia que retirou a bolsa de colostomia do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi concluída com sucesso após sete horas de início dos procedimentos. Os médicos do Hospital Israelita Albert Einstein informaram que foi necessária uma mudança na técnica inicialmente planejada.

Bolsonaro entrou em cirurgia às 08h30 da última segunda-feira, 28 de janeiro, e o procedimento foi concluído às 15h30. No domingo, o presidente havia publicado um vídeo em seu Twitter comentando que o prazo estimado inicialmente era de três horas e pedindo orações.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que a intervenção cirúrgica foi concluída “com êxito”, e o tempo acima do previsto se deu por uma grande quantidade de aderências, que é um termo médico para se referir às partes do intestino que ficaram coladas em consequência do uso da bolsa de colostomia.

“O procedimento ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue”, diz boletim do hospital, acrescentando que Bolsonaro está “clinicamente estável, consciente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, prevenção de infecção e de trombose venosa profunda”, afirma a nota.

As aderências fizeram os médicos adotarem um procedimento mais complexo e demorado do que se esperava, pois a equipe de cirurgiões se viu obrigada a realizar uma anastomose (ligação) com o íleo (intestino delgado) e o cólon transverso, segundo informações da Folha de S. Paulo. O cólon direito foi retirado e os médicos construíram uma ligação direta entre o intestino grosso e o delgado, que é chamada colectomia direita, conforme confirmado pelo cirurgião Antônio Macedo, responsável pela intervenção.

Essa decisão reduz o risco de fístula no pós-operatório, segundo o cirurgião gastrointestinal Diego Adão Fanti Silva, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo): “A fístula do íleo com o cólon transverso é menos comum. E o cólon direito [que foi retirado na cirurgia] não é vital”, explicou, pontuando que a função do órgão, basicamente, é absorver água. “Então, no começo a pessoa evacua mais vezes ao dia e mais pastoso. Depois, normaliza”.

Bolsonaro foi internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após o final da cirurgia, como medida de precaução. O cirurgião Fanti Silva aprova a decisão dos médicos do Albert Einstein: “Foi uma cirurgia longa. Por mais que não sangre, o paciente perde líquidos, desidrata, inflama muito. Isso pode fazer a pressão cair e o coração disparar nas próximas 24 horas”, explicou.

Recuperação

O porta-voz da Presidência da República, general Rego Barros, afirmou que o trabalho dos médicos foi “uma verdadeira obra de arte”, já que desde o atentado sofrido pelo presidente, em setembro, ele já foi submetido a três cirurgias.

Enquanto Bolsonaro se recupera do procedimento, a presidência da República está sendo exercida pelo vice, general Hamilton Mourão. Ele usou o Twitter no domingo para pedir orações pelo presidente: “Que estejamos todos em união, rogando ao Pai Todo Poderoso, Senhor de todos os exércitos, pelo sucesso da cirurgia a que é submetido e plena recuperação do nosso guerreiro e presidente @jairbolsonaro”, escreveu.

Após a cirurgia, Bolsonaro publicou um tweet com três emojis: a bandeira do Brasil, um “joinha” e duas palmas de mãos unidas que simbolizam oração. A mensagem pode ser compreendida como um agradecimento às orações feitas em todo o país por sua recuperação.

O tempo todo ele teve a companhia da primeira-dama, Michelle, e 3 dos 5 filhos do presidente: Renan, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) – que permaneceu no centro cirúrgico durante o procedimento – e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O presidente deverá retomar as funções na tarde da próxima quarta-feira, 30 de janeiro, e despachará da UTI do Einstein, onde ficará por todo o período em que estiver internado.



Fonte: Gospel Mais

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