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Na geração atual é cada vez maior a defesa de posicionamentos de ordem moral, religiosa e política. Isso tem permitido que os pais possam fazer determinadas escolhas para seus filhos, como em qual escola eles devem estudar, considerando temas importantes como o aborto, drogas e sexualidade.
Uma escola católica na Carolina do Sul, Estados Unidos, parece levar isso muito a sério, e não apenas no ambiente escolar, mas também fora dele. Isso porque, após uma das suas professoras fazer uma defesa explícita do aborto como escolha, em suas redes sociais, a instituição resolveu demitir a profissional.
Elizabeth Cox passou 16 anos ensinando na escola Bishop England, em Charleston. Todavia, a escola administrada pela Diocese de Charleston tomou conhecimento de algumas postagens da professora, como uma citação da feminista Gloria Steinem que dizia:
“Que tal tratarmos todos os jovens que querem comprar uma arma como todas as mulheres que querem abortar – período obrigatório de 48 horas, permissão dos pais e uma nota de seu médico provando que ele entende o que ele está prestes a fazer?”.
Em outra postagem, Elizabeth compartilhou uma matéria do famoso jornal Washington Post, cuja manchete falava sobre a posição de uma comediante sobre o aborto: “Leslie Jones lidera a acusação contra a proibição do aborto no Alabama no final da temporada do SNL.”.
A escola, por sua vez, emitiu um comunicado à professora, explicando que não deseja ter em seu quadro de profissionais professores que defendem práticas incompatíveis com os valores da instituição:
“A escola tornou-se ciente de que você tem uma conta pública do Facebook que identifica você como professora em nossa escola e que apóia publicamente o aborto”, disse um trecho.
“Como sabe, isto é contrário à missão da Igreja e da nossa escola e é materialmente incompatível com os seus deveres como professor de escola católica”, continuou o comunicado, seguido da demissão da docente, segundo a ABC News.
Elizabeth Cox não aceitou a demissão e resolveu processar a escola. Ela alega que a sua liberdade de expressão não foi respeitada e pede na justiça indenização pelos danos. Todavia, como instituição privada, a instituição de ensino argumenta ter o direito de estabelecer princípios e valores, sem os quais não podem admitir funcionários contrários a eles.
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