O presidente Jair Bolsonaro esteve nos EUA, para dizer ao presidente Donald Trump que ele não apenas o admira, mas que também é amigo dos Estados Unidos.
“É hora de superar velhas resistências e explorar o melhor potencial entre o Brasil e os Estados Unidos. Afinal, é justo dizer que hoje o Brasil tem um presidente que não é antiamericano”, disse Bolsonaro durante uma coletiva de imprensa, Rose Garden na terça-feira.
Durante uma reunião de duas horas na Casa Branca, os dois líderes assinaram acordos e discutiram como trabalhar juntos para acabar com a agitação na Venezuela.
O presidente Trump disse que a histórica vitória eleitoral de Bolsonaro marcou um novo dia no Brasil e uma nova era de amizade com os Estados Unidos.
“Quero parabenizá-lo novamente pela sua tremenda vitória eleitoral em outubro passado. Foi um feito incrível e realmente um desafio verdadeiramente incrível, e o resultado final foi algo de que o mundo inteiro estava falando”, disse Trump.
Por todas as contas, a inauguração de Bolsonaro como o 38º presidente do Brasil foi um marco significativo no quinto maior país do mundo.
Depois de anos de governo esquerdista, o ex-soldado paraquedista de 63 anos é o primeiro presidente conservador da era democrática no Brasil.
“Minha campanha não tinha muito dinheiro, quase todos os meios de comunicação no Brasil estavam contra nós, então foi um grande milagre que vencemos”, disse Bolsonaro.
Apenas 78 dias depois de sua posse como presidente, Bolsonaro já está sacudindo o establishment político do Brasil.
Ao contrário de governos anteriores que buscam uma agressiva política externa antiamericana e anti-israelense, Bolsonaro está pressionando por laços mais fortes com os Estados Unidos e Israel, anunciando, mesmo depois de conquistar a presidência, que pretende transferir a embaixada de seu país de Tel Aviv para Jerusalém.”
Após seu encontro com o presidente Trump, Bolsonaro sentou-se para uma entrevista exclusiva com a CBN News na Blair House, localizada a poucos passos da Casa Branca.
A Blair House é usada para dignitários visitantes e chefes de estado estrangeiros.
Bolsonaro disse à CBN por que a mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém é tão importante.
“Cada país tem o direito de decidir onde está a sua capital, e a capital de Israel se tornou Jerusalém, portanto estamos estudando a possibilidade de tomar essa decisão no momento certo. Quando Trump assumiu, levou quase nove meses para fazer essa decisão, estou agora no meu terceiro mês”, disse o presidente.
Como o presidente Trump, Bolsonaro acredita que a grande mídia é ferozmente oposta à sua presidência e agenda. Bolsonaro também usa regularmente as redes sociais para se conectar diretamente com seus apoiadores.
“Em grande parte, eu apoio o que Trump faz; ele quer fazer a América grande, eu também quero fazer o Brasil ótimo. Eu também tenho preocupações sobre a entrada indiscriminada de estrangeiros sem nenhum critério. Mas além disso, nós somos cristãos e somos homens tementes a Deus”, explicou ele.
Ao falar sobre a tentativa de assassinato que sofreu a um mês antes das eleições, Bolsonaro diz que não é nada menos que um milagre que ele esteja vivo hoje.
“Os médicos que me atenderam disseram que para cada 100 facadas do tipo que eu sofri, apenas uma pessoa sobrevive. Então, eu sou uma sobrevivente e devo minha vida a Deus. Foi a Sua vontade para eu viver.”
O ataque se tornou um ponto de virada em sua campanha quando o candidato populista chegou a vencer, prometendo enfrentar a corrupção e a violência desenfreadas do Brasil. Dois meses depois de sua presidência, Bolsonaro está abalando o mundo político do Brasil, mesmo enfrentando ditadores como o venezuelano Nicolas Maduro.
Tanto Bolsonaro e Trump se recusou a dizer se os planos militares, onde na mesa para intervir na Venezuela.
“Eu discuti este assunto com Trump e, obviamente, essa conversa permanecerá privada. Trump diz que todas as possibilidades estão na mesa, e eu em grandes decisões de apoio do governo americano.”
Bolsonaro cercou-se de conhecidos evangélicos brasileiros, como o pastor Silas Malafaia, que regularmente visita e ora com Bolsonaro. Malafaia disse à CBN News que acredita que Bolsonaro é o homem escolhido por Deus para liderar o Brasil.
“Embora Bolsonaro não seja evangélico, ele sempre defende os princípios que nós evangélicos defendemos: ele é contra o aborto, ele é contra os privilégios do movimento LGBT, ele reconhece a grandeza e importância de Israel, defende a família e quer para combater a corrupção e restaurar nossa economia”, disse Malafaia.
Em seu primeiro dia oficial como presidente, Bolsonaro prometeu fazer dos princípios judaico-cristãos uma prioridade em sua administração.
É uma promessa que está em face de décadas de governo esquerdista no Brasil.
“A ideologia da esquerda tomou conta das universidades e também dos jornalistas do Brasil. O impacto foi o pior possível, e um dos principais objetivos é corroer os valores da família”, disse Bolsonaro.
Foi esse tipo de mensagem que levou a maioria dos evangélicos do Brasil a apoiar Bolsonaro.
“Os evangélicos do Brasil são equivalentes a um terço da população e estão crescendo. Eu tive apoio maciço deles, porque até recentemente eles não tinham ninguém para sustentar quem compartilhava seus valores e fé.”
O lema de Bolsonaro é “o Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Ele acredita que é uma declaração poderosa sobre a importância da verdade na política.
“Sou congressista há 28 anos e vi que na política a verdade quase nunca existiu, e meu sentimento é que nosso povo tem sede de conhecer a verdade”, explicou.
Seu versiculo bíblico favorito é João 8:32: “Então conhecerás a verdade e a verdade vos libertará”.
“Assim como em um casamento entre um homem e uma mulher, se você não tem a verdade, o casamento acaba rapidamente. Na política, se você não tem a verdade, o governo acaba rapidamente”, disse Bolsonaro.
Após a entrevista, o presidente Bolsonaro se encontrou com um grupo de proeminentes líderes evangélicos americanos. Entre eles, o Dr. Pat Robertson e Gordon Robertson, da Christian Broadcasting Network, e o evangelista Reinhard Bonnke.
A delegação norte-americana orou por Bolsonaro e prometeu apoiar sua administração enquanto lutava para proteger a herança cristã e os valores familiares do Brasil. Eles também prometeram ajudar o Brasil a fornecer ajuda humanitária para aqueles que sofrem na Venezuela.
Quando perguntado por que essa reunião é importante, Bolsonaro disse: “Eu reconheço o trabalho que os evangélicos fazem em meu país, o que não é diferente do que eles fazem no mundo – compartilhando a Palavra de Deus e fortalecendo os valores familiares”.
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