Tradutores usam tecnologia para acelerar distribuição da Bíblia a povos não alcançados

A Wycliffe Bible Translators, uma organização dedicada à tradução da Bíblia em todas as línguas vivas do mundo, está usando uma nova tecnologia que irá agilizar o processo de tradução das Escrituras aos povos não alcançados.

Seu software de tradução, chamado “ParaText”, também poderá ser utilizado através de smartphones, sem ficar restrito a plataformas como notebooks e equipamentos de gravação. O sistema ParaText Lite oferece um banco de dados central que pode ser acessado em todo o mundo.

Segundo Doug Hennum, diretor de informações e inovação da Wycliffe, a nova tecnologia permite que os nativos estejam cada vez mais aptos a participar do processo de tradução.

“Nos últimos sete ou dez anos temos visto os nativos querendo fazer o trabalho. Eles estão começando a dizer que em vez de apenas ajudar os ocidentais, eles querem aprender a fazer”, disse Hennum ao The Christian Post.

Em suas viagens para locais remotos da África, Hennum observou que muitas pessoas sabem usar um smartphone, mas ficam totalmente perdidas em frente a um computador. “Quando introduzimos essas ferramentas, eles pegaram rápido. Está tendo um tremendo impacto sobre eles poderem fazer muito mais no trabalho da tradução”, afirmou.

Um dos impactos da nova tecnologia está na considerável redução de tempo, já que os tradutores não precisarão aprender uma nova língua para então iniciar o processo. “Com a ajuda dos nativos, temos 80% do caminho para a tradução”, disse Hennum.

A Wycliffe completou sua milésima tradução da Bíblia em setembro do ano passado — uma prova de que o processo está cada vez mais acelerado. Enquanto as 500 primeiras traduções levaram 67 anos para serem completadas, as últimas 500 levaram apenas 17 anos. E a velocidade das traduções continua aumentando.

“Temos o objetivo de ver todos os idiomas restantes, que nunca tiveram a Bíblia em sua língua, pelo menos no início do trabalho de tradução até 2025”, projetou Hennum. “Agora, pela primeira vez, isso não só parece possível, mas me pergunto se vamos conseguir antes de 2025, só porque eu vejo esse ritmo acelerando”.



Fonte: Guia me

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