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Jornalista lança livro sobre o desenvolvimento comercial da música gospel no Brasil

A música gospel ultrapassou as paredes das igrejas. Elevou-se o nível. A venda de CDs, DVDs, produtos relacionados aos artistas e shows, beneficiou alguns setores economicamente. Os números são oficiosos, mas os executivos da área estimam que o gospel movimente mais de R$ 20 bilhões de reais anualmente.

Porém, o foco principal foi suprimido. O louvor a Deus virou entretenimento. Questionamentos não faltaram. Por um longo período, as gravadoras multinacionais só observaram o desenvolvimento de um nicho promissor no mercado fonográfico. Fizeram investimentos pontuais, porém não se arriscaram.

O crescimento da pirataria e a queda das receitas  –  nos primeiros anos do século XXI  –  fizeram algumas delas recorrerem ao promissor gospel. A aposta converteu-se em investimento. Os aportes impulsionaram o nicho. Cantores de púlpitos passaram a ser artistas com canções entre as mais vendidas e executadas nas rádios, fã clubes, milhares de discos vendidos e agenda lotada durante todo o ano.

Essa e outras análises são pontuadas na obra “A Indústria da Música Gospel”, um livro-reportagem que aborda o desenvolvimento comercial do gênero evangélico no mercado fonográfico brasileiro. A publicação é fruto de uma pesquisa acadêmica, que propôs analisar de forma aprofundada e crítica a música cristã produzida no Brasil.

“A finalidade não é somente apresentar quais caminhos levaram a música evangélica para fora da igreja, mas também mostrar a essência de uma arte, enfatizando sua importância para o desenvolvimento humano”, diz o autor. “A Indústria da Música Gospel” também busca gerar o debate e auxiliar na difusão do conhecimento cultural junto à sociedade.

Composto por seis capítulos, o livro versa sobre o desenvolvimento da música ao longo dos tempos; o nascimento do gospel na cultura afro-americana; a criação de uma cultura baseada no gospel brasileiro; a ascensão da música cristã na indústria fonográfica; e a mudança de propósito do cenário musical evangélico.

“A Indústria da Música Gospel expõe, de maneira clara, firme, direta e envolvente, […] os bastidores relacionados ao mercado de um gênero musical em evidente ascensão no Brasil”, escreve o jornalista Paulo Pontes na apresentação do livro. “Mas não se deixe enganar pelo título. […] Não é apenas uma leitura recomendada para pessoas ligadas a um universo de religiosidade. Longe disso. Vai muito além”.

Entrevistados

A pesquisa é complementada com entrevistas e conversas concedidas por profissionais e artistas envolvidos no seguimento musical e especificamente no cenário evangélico; o cantor João Alexandre; Maurício Soares, diretor artístico da Sony Music Gospel; Éliton Nascimento, especialista em marketing musical, produtor e CEO do selo Good Boys Records; André Luiz, pesquisador e produtor musical; Roberto Azevedo, jornalista, editor chefe do portal Super Gospel e relações públicas de artistas gospel.

O rapper Dj Alpiste; Salisa Barbosa, personal stylist (inclusive de cantores evangélicos); Chad Horton, co-fundador do Rapzilla, portal norte-americano especializado em rap cristão, e diretor de marketing da distribuidora Syntax; e Josh Niemyjski, CEO do selo independente Illect Records.

A primeira edição de “A Indústria da Música Gospel” é patrocinada pelo PHS SAMARITANO SAÚDE. Os 400 exemplares serão numerados. O livro pode ser adquirido via PagSeguro, pelo e-mail: [email protected] e nas principais livrarias digitais.

Sobre o autor

Adailton Moura é jornalista. Residente em Campinas, no interior de SP, ele escreve atualmente para o RAPresentando, Gospel Beat e TVOVR CREATIVE. E colabora com o Sounds and Colours.



Fonte: Guia-me

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